sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sorteio Miss Cup - Coletor Menstrual

Já postei aqui no blog a respeito dos coletores menstruais, e vejam só: é um dos posts mais acessados!


A bem da verdade, os coletores menstruais não são nenhuma novidade: Segundo informações do The Museum of Menstruation and Women’s Health, o coletor menstrual é produzido industrialmente desde a década de 1930 e há registros de coletores rudimentares circulando desde 1867 (leia mais aqui).


Agora vamos ao que interessa.


Haverá sorteio de um Miss Cup e o resultado sairá no dia 27 de Junho!! Para participar basta se tornar seguidora do blog Peripécias de Cecília e Fofices de Clarice, postando nome, e-mail e cidade onde mora no post do sorteio!


Lá você encontrará mais informações.
Beijos e boa sorte! (Claro que eu já vou me inscrever, pq tô doida pra experimentar esse troço!! rsrs)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Trabalho de Parto: Exercícios e Posições

       Gente, fiquei meio sumida e o blog ficou meio pobre de postagens, mas esse finalzinho de gravidez (estou com 38sem e 1d) torna a permanência em frente ao micro um tanto quanto desconfortável... rsrsrs

       Dando uma pesquisada pela net em busca de posições que facilitem o encaixe do bebê durante o trabalho de parto, encontrei este artigo no site da Revista Crescer (para visualizar página, clique aqui)


"Quando o trabalho de parto começa a incomodar, a grávida precisa de posições variadas que tragam alívio e conforto. Sob orientação da doula Ana Cristina Duarte, sugerimos algumas. São simples e podem ser feitas ainda em casa e até no chuveiro. Relaxe! Patrícia Cerqueira

Dicas úteis

As posições devem ser iniciadas assim que as contrações incomodarem.

  • Água morna é uma grande amiga da grávida porque alivia a dor e relaxa. Coloque toalhas dobradas sobre o chão do boxe, caso queira se ajoelhar ou sentar.




  • Sempre que a contração vier, mantenha a respiração calma.




  • As posições que provocam mais incômodo do que alívio devem ser evitadas. Posição boa é aquela que conforta.




  • Dá para relaxar até mesmo no centro obstétrico. Se for possível, improvise com a maca, lençóis, travesseiros. 


    Descanso sobre o solo: ótima para relaxar, especialmente se as contrações estiverem próximas umas das outras. Afaste os joelhos e abrace uma pilha de travesseiros.
    Repouso: no intervalo entre as contrações, os travesseiros no meio das pernas confortam, porque ampliam o espaço pélvico e da bacia.
    Posição de Sims: na contração, puxe o joelho para o corpo, afastando bem as coxas.
    Rotação: com as pernas afastadas, você deve apoiar-se em um móvel não muito baixo, como na foto. Aí, faça movimentos de rotação dos quadris. Entre as contrações, a postura alivia a dor nas costas. Durante, ajuda a encaixar o bebê.

    Cócoras alternadas: na contração, apoiada, agache com as pernas abertas. O movimento ajuda a aumentar o espaço interno da bacia e a encaixar o bebê. Entre as contrações, levante-se, mas mantendo-se inclinada.
    Dica: o ideal é agachar com a planta dos pés no chão. Se não der, use um travesseiro de apoio, como acima.
    Assimetria: na contração, ajoelhe sobre um apoio. A outra perna fica aberta. Alterne os lados. A posição ajuda o bebê a se encaixar.
    Massagem: sente ao contrário numa cadeira sem braços. O quadril fica afastado o máximo do encosto, para você receber massagem na região lombar durante as contrações.
    De joelhos: a posição estimula a abertura da bacia. Faça-a sobre um colchão ou almofadas, com os joelhos afastados, os dedões dos pés tocando-se e inclinando-se sobre um apoio, como na foto. Um travesseiro entre os tornozelos aumenta o conforto.
    Prece maometana: relaxa quando as contrações estão aceleradas. Abre a bacia e alonga as costas. Posições em que a mulher fica debruçada auxiliam o encaixe do bebê.
    De gatinhas: a postura facilita o encaixe do bebê e também diminui a pressão na parte debaixo da barriga e nas costas.
    A dois: a posição de cócoras abre o espaço interno da bacia, aliviando a dor. Durante as contrações, apóie-se em um lençol enrolado, sustentado por seu marido, e solte o corpo. O mesmo movimento pode ser feito com você apoiada nas pernas do companheiro, como na foto mais à direita."



  • quinta-feira, 2 de junho de 2011

    Amamentação Além da Nutrição

    Mamaço no Itaú Cultural

           A manifestação pública entilulada "Mamaço", que ocorreu na Quinta-feira 12 de Maio, despertou a discussão de um tema que ainda é considerado tabu na nossa sociedade: a amamentação em locais públicos.

           O protesto, que reuniu cerca de 50 mulheres no Espaço Itaú Cultural, foi uma ação para defender a amamentação em locais públicos após a antropóloga Marina Barão ter sido impedida de amamentar no local.

    CQC - Rafinha Bastos e Marcelo Tas
           Antes e após a manifestação, diversas opiniões, críticas e chacotas foram feitas em contraposição à atitude destas mães. A exemplo o CQC 3.0, onde o Rafinha Bastos e Marco Luque ridicularizaram o evento quando uma inocente e desavisada enviou-lhes um e-mail pedindo que divulgassem a ação (veja o vídeo aqui). Uma mulher, revoltada apesar de não ser mãe pela atitude machista de alguns, publicou um post em seu Blog (leia o post) que, talvez até por ser de certa forma radical e generalizar os homens (pois houve mais crítica aos homens em geral que defesa da mulher) também gerou muita polêmica, já tendo desde a sua publicação (ontem, dia 01 de Junho) até o momento, colecionado mais de 430 comentários.

    João Pereira Coutinho
           Já no texto "Mamonas Celestinas" de João Pereira Coutinho, colunista da Folha.com, o autor utilizou de sarcasmo e ironia para defender a idéia de que o argumento de que a amamentação é algo natural e fisiológico não é suficiente para defendê-la em locais públicos, e muitos compactuam desta idéia. Devo dizer, inclusive, que concordo que este não é argumento suficiente, se não deveria ser natural muitas outras coisas também, mas não vamos entrar neste mérito.

           Acontece que uns se ofenderam com a atitude das mães e saíram falando muita coisa, e as mães e mulheres em geral se ofenderam com o que foi dito, virou um bafafá, bate boca, onde os argumentos se limitaram à "naturalidade do ato" por parte das mães e ao "constrangimento" por parte dos demais. Sinceramente, ainda não entendi o porquê de tanto constrangimento.. É porque é peito? ou por quenão conseguem controlar a atração? Ou mais, talvez seja por se sentir envergonhado ao ver um inocente bebê sugando voluptuosamente parte do corpo feminino que os homens adoram?

            O objetivo do post de hoje é justamente colocar os reais motivos de mães necessitarem amamentar seus filhos a hora que for, no local onde estiverem, e argumentar de forma mais concisa.

    Bom, em primeiro lugar, vamos abordar o fator psicossocial:

           A amamentação no seio materno, em livre demanda (ou seja, a hora que o bebê pedir), auxilia no desenvolvimento social e psicomotor da criança: As pesquisas mostram que os bebês amamentados ao seio são mais inteligentes, tem melhor aprendizado no futuro. o contato físico entre o bebê e a mãe facilita o relacionamento futuro desta criança com as outras pessoas e faz com que se tornem adultos mais confiantes, influenciando decisivamente em sua futura maneira de ser, de viver e de se relacionar com outras pessoas, pois assegura interação freqüente e expõe o bebê à linguagem, ao comportamento social positivo e a estímulos importantes e, finalmente, desenvolve maior agudeza e enfoque visual levando à melhor disposição à aprendizagem e à leitura. 


           Além disso, o bebê passou 9 meses dentro da barriga da mãe, acolhido e protegido, escutando 24h por dia o bater do coração da mãe, em um local escurinho e quentinho. Quando nasce, tudo isso lhe é tirado de uma vez, o que gera medo e insegurança no bebê. Certas vezes, quando o bebê pede o seio da mãe, não é fome nem sede que ele está sentindo: é necessidade de sentir-se acolhido e protegido como nos velhos tempos, e é através do contato direto com o seio que o bebê tenta estabelecer a conexão que havia antes entre ele e sua mãe. Se a mãe o ignora e o deixa esperando pelo seio enquanto não encontra um "lugar adequado", o bebê sente que a mãe não o quer acolher e proteger. Isso pode fazer com que no futuro a auto-estima, a confiança em si e no outro e ainda a exposição de seus sentimentos fique comprometida, uma vez que ele sinta que a mãe só o quer quando ele está bem.

           Por último, vale ressaltar que no leite materno encontramos a endorfina, substância química natural produzida pelo cérebro e que regula a emoção e a percepção da dor, ajudando a relaxar e gerando bem estar e prazer. A endorfina é considerada um analgésico natural, além de auxiliar na redução do estresse e da ansiedade, aliviando as tensões e auxilia até nos casos de depressões leves. 


           Ou seja, muitas vezes, quando o bebê quer mamar, é porque está angustiado, estressado, irritado etc. É uma boa idéia amamentar o bebê logo após ele ser vacinado ou durante o teste do pezinho, por exemplo. Além de ajudar a superar a dor, o leite materno também reforça a eficiência da vacina.


    "Ah, mas é só levar mamadeira, uééé!"

    Só? Sabem o que pode causar o uso de mamadeiras ou chupetas?

           Sugar o peito é um excelente exercício para o  desenvolvimento da face da criança, importante para que ela tenha dentes bonitos, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração.
    As mamadeiras e chupetas costumam modificar a maneira de mamar, pois é muito mais fácil para o bebê sugar a mamadeira que o seio, e com isso ele pode dar preferência à mamadeira e não querer mais o peito, o que faz com que o seio vá diminuindo progressivamente a produção até que esta se encerre, pois a produção de leite depende principalmente dos estímulos de sucção do mamilo,  estimulando a glândula pituitária a liberar a ocitocina - assim como a prolactina - em sua corrente sangüínea. Pensar no filho com carinho, ao trocar olhares com ele ou se escutar seu choro também ajuda a produzir ocitocina. Portanto, quanto mais o bebê mamar NO SEIO, mais a mãe produzirá leite, e o contrário também é verdadeiro: quanto menos o beber sugar o seio, menos leite será produzido.




           Além disso, mamadeiras, bicos e chupetas podem causar problemas na dentição, na fala e aumentar o risco de infecções:  criança alimentada com mamadeira tem risco de vir a ter diarréia 14 a 25 vezes maior que uma criança amamentada exclusivamente ao peito.




    Horários das mamadas:

           Muitas pessoas utilizam o argumento de que a mãe deve se programar com os horários de saída de acordo com o horário das mamadas do bebê, mas veja bem: durante 9 meses o bebê teve acesso à alimentação através da placenta durante 24 horas por dia. Não espere que ele vá nascer e se alimentar como um reloginho, com intervalos pré-determinados. O seio deve ser ofertado ao bebê sempre que ele pedir, de 8 a 12 vezes ao dia, sem olhar pro relógio. Fazer com que a criança mame apenas em horas determinadas interfere no aleitamento materno.

           Creio eu, agora, que estes argumentos sejam mais que suficientes para o entendimento de todos do porque de a mãe dever atender ao filho com urgência, sem deixá-lo esperando enquanto pede o seu "mamá". O que é mais fácil? Um adulto, de quem se espera maior entendimento e noção, maduro e capaz aceitar que a mulher amamenta na rua porque a maternidade assim o exige, ou que um bebê de poucos dias/meses entenda que a mamãe dele deve ignorá-lo em um momento em que ele realmente necessita dela porque a sociedade não consegue encarar a amamentação em locais públicos como necessidade?


    Vamos repensar sobre o conceito de o que é ter "bom senso"...


    Abraços
    Ana Paula Vasconcelos.



    "Segundo a Organização Mundial de Saúde todo bebê deve ser amamentado exclusivamente ao seio até os 6 meses de idade (não necessitando de água ou chás). Mas o aleitamento materno, com complemento após o sexto mês de vida, traz vantagens para a criança até no mínimo os 2 anos de vida."

     "Das inúmeras diferenças entre o leite de vaca e o leite materno, a mais importante é o componente exclusivo, que só o leite materno tem, o calor humano. O aconchego, o carinho, o afeto e a segurança decorrentes deste contato íntimo com a mãe, fazem do ato de amamentar um ato sublime de amor. Quando não é dado o seio, resta uma relação muito fria com a mamadeira.. A amamentação está profundamente ligada ao bom desenvolvimento emocional dos bebês.."





     Fontes: essas aí debaixo...